segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Carta - parcerias

Querido professor,

Somos colegas de trabalho, nos encontramos na sala para tomar um chá ou café, pelos corredores atropelados de cadernos, entre um sinal e outro, e em algumas reuniões - que saibamos nós, queremos que seja produtiva, útil e de grande aprendizado.
Lemos textos, discutimos, citamos trechos de poesia, crônica, identificamos imagens, quadros, propomos relações, falamos e escrevemos bonito... Temos grandes ideias, inventamos um produto final, realmente nos empolgamos com o projeto ou seja lá o nome que se queira dar.
Ao amanhecer o dia, somos enfeitiçados pelo sinal, pelo burburinho fundo dos estudantes, pelas pilhas de atividades a corrigir, pelos planejamentos a entregar, pelas provas a elaborar... e o arrebol invade a lousa mais uma vez.
Nosso tempo sempre pouco, sempre oco, sempre apressado.
Nossos sonhos sempre muitos, sempre densos, sempre lentos.
Como caminhar por essas idiossincrasias?
Como ter o que se tem?
Convido-nos a fazer o nosso melhor. Sem ser piegas ou algo do tipo, mas olhar para as situações sem se deixar facilmente levar pelos vícios. Antes, respirar, olhar e perceber liberdades dentro desse labirinto, distanciar-se para adentrar de alma inteira.
E chegar como se cada vez fosse a primeira vez, carregada de todas as vezes.
Quer compartilhar?

um abraço bem forte,
assinado: Eu do quadro verde